CRAS alerta para o combate à violência contra a mulher

No Brasil, a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas. A campanha nacional “Agosto Lilás” chama atenção da sociedade para o enfrentamento à violência doméstica

Com o objetivo de sensibilizar e conscientizar a todos sobre o necessário fim da violência contra a mulher, nasceu a campanha Agosto Lilás, que busca ainda, fomentar a divulgação de serviços especializados de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes. Além do movimento lilás, a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, também conhecida como Lei Maria da Penha, foi criada para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher. Contudo, segundo dados do Instituto Maria da Penha, no Brasil, a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas.

Assim como em todo o país, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Capão Bonito do Sul, desenvolve ações preventivas e de acompanhamento à violência contra a mulher. “A violência doméstica e familiar é a principal causa de feminicídio no Brasil e no mundo. É uma violência desnecessária, que mata, agride ou lesa a mulher, e que pode ser cometida por qualquer pessoa, inclusive por outra mulher”, pontua a coordenadora do CRAS, Agnes Scherer.

#NãoSeCale
No ano de 1983, Maria da Penha Maia Fernandes foi vítima de dupla tentativa de feminicídio por parte de seu esposo, o colombiano Marco Antonio Heredia Viveros. Primeiro, ele deu um tiro em suas costas enquanto ela dormia. Como resultado dessa agressão, Maria da Penha ficou paraplégica, além de outras complicações físicas e traumas psicológicos. Naquele ano, Maria da Penha foi apenas uma das milhares de mulheres vítimas de violência doméstica no Brasil. O tempo passou e tantas outras Marias em todo o mundo seguem sendo vítimas de violência, muitas, infelizmente, são mortas.

A responsável pelo Centro de Referência no município considera ainda, o aumento desse tipo de agressão durante a pandemia, pois segundo levantamento do Datafolha, uma em cada quatro mulheres foi vítima de algum tipo de violência na pandemia no Brasil. “Precisamos apoiar umas às outras e a sociedade como um todo, ajudar a dar um basta nas agressões. A campanha Agosto Lilás é uma das formas que incentiva esse fim. Nosso CRAS também abraça essa causa para levar informações e mostrar para todas as mulheres que elas não estão sozinhas”, salienta Agnes.

Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica
Promovida pelo Conselho Nacional de Justiça e pela Associação dos Magistrados Brasileiros, uma campanha lançada em 2020 busca incentivar as vítimas de violência doméstica a denunciarem agressões nas farmácias. Basta mostrar um X vermelho na palma da mão para que o atendente ou o farmacêutico entenda tratar-se de uma denúncia e em seguida acione a polícia e encaminhe o acolhimento da vítima. A ação é voltada para as mulheres que têm dificuldade para prestar queixa de abusos, seja por vergonha ou por medo.

Denuncie
A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita em delegacias e órgãos especializados, onde a vítima procura amparo e proteção. O Ligue 180, Central de Atendimento à Mulher, funciona 24 horas por dia, é um serviço gratuito e confidencial. O canal recebe as denúncias e esclarece dúvidas sobre os diferentes tipos de violência aos quais as mulheres estão sujeitas. Os casos podem ser denunciados também para a Brigada Militar pelo 190 ou pelo Disque Direitos Humanos no Disque 100.

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