O horto de planta medicinal oferecerá alternativas naturais, prescritas por profissionais da saúde, para a população
O que antes era apenas terra, em breve, abrigará um ambiente verde com plantas medicinais, dedicado à integração e promoção da saúde e bem-estar. A Farmácia Viva foi instituída pelo Ministério da Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, como um modelo de farmácia no contexto da Assistência Farmacêutica Nacional, que abrange o cultivo e beneficiamento de plantas medicinais. Em Capão Bonito do Sul, o projeto iniciou através da terraplanagem do terreno onde será a construção.
A iniciativa, no município, foi idealizada pela então Secretária da Saúde, Thais Roman Rieth, e contará num primeiro momento, com dez tipos de ervas medicinais. Além do cultivo no local, será realizada a secagem, o processamento e a distribuição das plantas medicinais junto a Farmácia Básica de Capão Bonito do Sul, bem como, as mudas estarão à disposição para a população que pretender tê-las em casa.
Incentivo ao uso consciente de medicamento
A construção da Farmácia Viva será ao lado do CRAS do município, e a previsão é de que a obra seja concluída em três meses, com investimento de cerca de R$ 190 mil – recurso proveniente do Ministério da Saúde, com contrapartida do município – R$ 15 mil. O horto poderá ser utilizado por toda comunidade, que muitas vezes, já faz o uso em casa, de ervas medicinais para o tratamento de algumas doenças. “Como nosso município tem uma grande população na área rural, percebemos que a prática e o uso das plantas medicinais são muito utilizadas, porém, sem o acompanhamento de um médico ou farmacêutico. Com a Farmácia Viva, iremos orientar a população com relação ao uso, infusão e a quantidade certa para tomar. Acreditamos que a população irá aderir ao projeto pela questão da cultura e da oferta prescrita e direcionada dos medicamentos para as doenças e enfermidades”, expos a ex-secretária da Saúde.
Espaço de saúde e lazer
De acordo com o atual Secretário de Saúde e Assistência Social, Fernando Avila de Melo, além do horto medicinal, o projeto prevê que a Farmácia seja um espaço de integração e união ao SPA SUS, que é realizado pelo município, com as terapias holísticas. “Queremos unir os dois ambientes como um local para meditação, encontro de grupos e atividades ao ar livre, tendo em vista que a ideia da Farmácia Viva seja em formato de praça, com as ervas medicinais, num espaço verde”, descreve.
União do natural ao medicamento farmacêutico
Conforme Fernando, o objetivo do projeto é a utilização das plantas medicinais como uma estratégia a parte da medicação prescrita e retirada na Farmácia Municipal. “Não é para substituição, mas sim um complemento aos tratamentos medicamentosos”, assegura. “Nos basearemos nos estudos realizados que apontam que as plantas medicinais têm poder de até mesmo substituir alguns medicamentos, contudo, antes de prescrevermos um ansiolítico, por exemplo, vamos ver a possibilidade de oferecer uma terapia, um chá comprovadamente prescrito para aquilo. Caso a resposta seja afirmativa, não será necessário então, o medicamento farmacêutico”, conclui.