Gabinete na Comunidade realiza primeiras visitas

Nos dias 8, 9 e 10 da semana passada, iniciaram as primeiras visitas do Gabinete na Comunidade. O projeto, que tem o objetivo de debater sobre as demandas de cada comunidade, apresentar os projetos desenvolvidos pela prefeitura e cada secretaria, além de ouvir sugestões da população daquela região, teve início em Passo do Paiol, no dia 8, no salão da comunidade, seguindo em São Carlos no dia 9 e no dia 10 em Barretos.

Em todas as comunidades, o debate teve início às 14h com a apresentação das secretarias, contando com a presença de pessoas da comunidade, dos cinco secretários, prefeito Felippe Rieth e vice-prefeito Nelson Catapan, além da participação do Poder Legislativo. Para a abertura do debate, cada secretário apresentou a estrutura de sua secretaria, as ações desenvolvidas e os projetos em andamento.

Debate na Comunidade de São Carlos

Após a apresentação de cada secretário, a Emater – Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural, através da extensionista rural, Denise Ferreira de Oliveira e do técnico agrícola, Mauro Sérgio dos Santos, deu sua contribuição com palestra de saneamento ambiental na propriedade rural e uso dos recursos hídricos como forma de preservação ambiental.

Um dos principais temas do debate foi sobre a implantação da taxa de abastecimento de água em todas as comunidades do município, que até então, não pagavam pelo consumo de água. Segundo o prefeito, Felippe Rieth, a cobrança da taxa deve ser realizada, pois existe uma renúncia de receitas devido à falta de cobrança pelo serviço prestado. “Há um serviço prestado pelo Poder Público que não está sendo cobrado, gerando uma renúncia de receitas. Dessa forma eu posso ser apontado pelo Tribunal de Contas, além de ter que devolver todo o dinheiro que está deixando de ser arrecadado”, explica.

Além de sugerir o serviço de abastecimento através da prefeitura, foram oferecidas mais duas opções para os moradores. Na primeira delas, as associações comunitárias seriam responsáveis pela manutenção da rede de abastecimento de água e pelo pagamento da taxa de energia elétrica, através da implantação de uma Associação hídrica, onde os custos seriam divididos entre os moradores; e a segunda opção, onde a Corsan seria responsável pelo abastecimento de água. Através de votação, os moradores de todas as comunidades decidiram que a prefeitura deve ser a responsável pela manutenção dos poços artesianos.

Conforme Felippe Rieth, as bombas dos poços artesianos estão trabalhando em um tempo maior do que o estimulado, devido ao consumo excessivo de água. “As bombas chegam a operar mais de 20 horas por dia, sendo que o normal seria de 8 a 10 horas”. Por conta disso, as comunidades vinham sofrendo com a falta de água e vazamento na rede. Para resolver os problemas de vazamento, a prefeitura tem três pessoas trabalhando no setor de saneamento público responsáveis pelo diagnóstico e manutenção das redes.

Segundo o prefeito, a partir de agora, através da cobrança da taxa de água, a prefeitura conseguirá cobrir os custos com a manutenção das bombas de abastecimento e poços artesianos, manutenção e conserto dos canos e vazamentos, além de garantir o abastecimento e tratamento da água em todas as residências. “Além de trazer água em todas as residências, a cobrança da taxa servirá para conscientizar a população a respeito do consumo excessivo de água, evitando assim, possíveis problemas de abastecimento”, comenta. O valor cobrado pelo abastecimento e manutenção da rede será de R$ 20,00 para residências.

No caso dos salões e igrejas das comunidades haverá isenção da taxa em troca da cedência dos salões para o poder público para a realização de eventos e reuniões, além da realização de oficinas do CRAS e Campanhas de Saúde que beneficiem a comunidade.

Uma das questões levantadas no debate foi a municipalização do cemitério de Barretos, que até então, não é de responsabilidade do município. Segundo Felippe, por conta dessa situação, o cemitério vem crescendo de forma desordenada. “Muitas pessoas de outras cidades estão sendo sepultadas em Barretos, pelo fato de que não existe nenhuma cobrança. Isso traz sérios problemas para a comunidade, que logo terá problemas com a falta de espaço”, explica.

Para resolver a situação, a prefeitura propôs aos moradores a municipalização do cemitério, onde a prefeitura será responsável pela administração do local. Uma das primeiras medidas tomadas pela prefeitura, será a cobrança de taxa para moradores de outros municípios. Os moradores das comunidades de Capão Bonito do Sul continuarão isentos da cobrança.

Além de discutir sobre a implantação da taxa de água e a municipalização do cemitério de Barretos, um dos assuntos discutidos em todas as comunidades foi sobre a limpeza e roçada das margens das estradas. Conforme o prefeito, nem todos os moradores realizam a limpeza das margens das suas propriedades, o que prejudica o trânsito. “A vegetação cresce fazendo com que a água escorra para a estrada o que acaba trancando as sarjetas, fazendo com que a manutenção realizada nas estradas acabe não durando”, explica. Depois de discutir sobre o problema, as comunidades ficaram encarregadas de realizar a limpeza das margens dos seus terrenos.

Na comunidade de Passo do Paiol, além de discutir sobre a municipalização do cemitério, umas das solicitações da comunidade foi com relação a cedência do prédio da escola desativada para a comunidade. O objetivo dos moradores é utilizar o espaço para a realização de eventos da comunidade, como reuniões e festividades.

O Gabinete na Comunidade é uma iniciativa dessa Administração a fim de construir uma gestão participativa e democrática. As visitas às comunidades devem ocorrer a cada seis meses em Capão Bonito e em todas as comunidades da cidade. O próximo encontro do projeto é o “Gabinete na Praça” e deve ocorrer em Capão Bonito do Sul, no dia 22, na praça Laura Feijó.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa de Capão Bonito do Sul – Vanusa Lopes MTB/RS – 18.532

 

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